Desonerações unem empresa e sindicato

23/05/11 - 00:00 > REFORMA TRIBUTÁRIA

Desonerações unem empresa e sindicato

Liliana Lavoratti

São Paulo - O fim da tributação da folha de salários, uma das cinco prioridades do governo federal na proposta de reforma tributária que deverá ser encaminhada em breve ao Congresso Nacional, poderá ser viabilizado com a substituição das atuais contribuições previdenciárias cobradas de empregados e empregadores por um aumento na alíquota do PIS/Cofins, que passaria de 9,25% para 9,65% sobre o faturamento das empresas. Esta é a saída que a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) discute "em sintonia" com o Ministério da Fazenda, segundo o diretor do Departamento de Comércio Exterior da entidade, Roberto Gianetti da Fonseca.

"A ampliação de PIS/Cofins resultaria em uma redistribuição para todos os setores da economia do tributo que hoje recai exclusivamente e de forma injusta sobre a atividade produtiva", enfatizou o diretor da Fiesp, durante palestra na última sexta-feira, no seminário "Reforma Tributária: em busca de um Brasil melhor e mais justo", promovido pelo Sindicato dos Agentes Fiscais de Rendas do Estado de São Paulo (Sinafresp). De acordo com ele, a alta "insignificante" de 0,4 ponto percentual do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) garantiria a reposição dos R$ 20 bilhões de receita federal anual que deixariam de ser arrecadados com a desoneração dos salários no Brasil.

A compensação é mais do que necessária para o avanço da reforma tributária que o governo de Dilma Rousseff pretende aprovar no Congresso, alertou o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP). "A desoneração da folha de salários acaba com o tripé de sustentação da Previdência Social, e não vamos deixar isso acontecer", ressaltou o parlamentar, para quem a proposta do governo está fadada ao "insucesso" se não for acompanhada de uma recompensa no financiamento dos recursos para o pagamento das aposentadorias e pensões pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Na quinta-feira o governo receberá esse e outros pontos no escopo de um "pacto" entre sindicatos e empresários para estimular a indústria. O projeto une Fiesp, CUT, Força Sindical e dois dos maiores sindicatos dos metalúrgicos de São Paulo.

Fonte: DCI

 

Notícias

Erro essencial? Juíza nega anular casamento por doença mental da esposa

Caso de divórcio Erro essencial? Juíza nega anular casamento por doença mental da esposa Homem alegou que se casou sem saber de problema psiquiátrico, mas juíza não viu requisitos do CC para anulação. Em vez disso, concedeu o divórcio. Da Redação segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025 Atualizado às...

TJ-MG concede a quebra de sigilo bancário em uma ação de divórcio

Cadê o dinheiro? TJ-MG concede a quebra de sigilo bancário em uma ação de divórcio 4 de fevereiro de 2025, 19h12 Ao decidir, o desembargador entendeu que estavam presentes no caso os requisitos do artigo 300 do Código de Processo Civil para a concessão de pedido liminar: probabilidade do direito e...

STJ: Partilha em que filho recebeu R$ 700 mil e filha R$ 39 mil é nula

Doação inoficiosa STJ: Partilha em que filho recebeu R$ 700 mil e filha R$ 39 mil é nula Relatora, ministra Nancy Andrighi, ressaltou a necessidade de respeitar a legítima dos herdeiros. Da Redação terça-feira, 4 de fevereiro de 2025 Atualizado às 18:04 STJ declarou nula partilha em vida realizada...

Planejamento sucessório: o risco da inércia da holding

Planejamento sucessório: o risco da inércia da holding No universo do planejamento sucessório, a ferramenta que certamente ganhou mais atenção nos últimos tempos foi a holding. Impulsionada pelas redes sociais e por um marketing sedutor, a holding tornou-se figurinha carimbada como um produto capaz...